Em alguns PCs recentes, pode ser necessário, ou desejável, carregar
firmware para fazer com que trabalhem no melhor deles. Existe um
diretório, /lib/firmware
, onde o núcleo
ou os controladores de núcleo procuram por imagens de firmware.
Atualmente, a maioria do firmware pode ser encontrada em um
repositório git
, o
qual pode ser visualizado no navegador com a URL
https://git.kernel.org/pub/scm/linux/kernel/git/firmware/linux-firmware.git/plain.
Por conveniência, o Projeto LFS criou um espelho, atualizado
diariamente, onde esses arquivos de firmware podem ser acessados via
wget
ou via um
navegador da web em https://anduin.linuxfromscratch.org/BLFS/linux-firmware/.
Para obter o firmware, aponte um navegador para um dos repositórios
acima e, então, baixe o(s) item(s) que você precisar. Se você quiser
todos esses arquivos de firmware (por exemplo, você estiver
distribuindo o sistema em vários sistemas de hardware), instale
git-2.44.0 e clone
https://git.kernel.org/pub/scm/linux/kernel/git/firmware/linux-firmware.git,
ou abra essa URL em um navegador e baixe o instantâneo mais recente
listado na tabela Tag
.
Para algum outro firmware, particularmente para microcódigo da Intel e certos dispositivos wifi, o firmware necessário não está disponível no repositório acima. Algo disso será endereçado abaixo, porém uma busca da Internet pelo firmware necessário de vez em quando é necessária.
Os arquivos de firmware convencionalmente são referenciados como blobs, pois você não consegue determinar o que eles farão. Observe que o firmware é distribuído sob diferentes licenças que não permitem desmontagem ou engenharia reversa.
Firmware para PCs caem em quatro categorias:
Atualizações para a CPU contornar erros, geralmente referenciadas como microcódigo.
Firmware para controladores de vídeo. Em máquinas x86, isso é exigido para dispositivos ATI (chips Radeon e AMDGPU); e possivelmente seja útil para GPUs Intel (Skylake e posteriores) e Nvidia (Kepler e posteriores).
Os dispositivos "ATI Radeon" e "AMGPU" todos exigem "firmware" para estarem aptos a usar o "KMS" (kernel modesetting - a opção preferida), bem como para "Xorg". Para os antigos chips "Radeon" (antes do "R600"), o "firmware" ainda está no fonte do núcleo.
GPUs integradas Intel a partir do Skylake em diante conseguem usar firmware para GuC (o microcontrolador Graphics) e, também, para o HuC (microcontrolador HEVC/H265, que descarrega para a GPU); e o DMC (Display Microcontroller) para fornecer estados adicionais de baixa eletricidade. O GuC e o HuC tiveram um histórico duvidoso no núcleo e o firmware atualizado possivelmente esteja desabilitado por padrão, dependendo da sua versão de núcleo. Maiores detalhes podem ser encontrados em 01.org; e Arch linux.
"GPUs" "Nvidia" a partir do "Kepler" em diante exigem "firmware" assinado, do contrário o controlador "nouveau" será incapaz de fornecer aceleração de "hardware". "Nvidia" agora lançou "firmware" até o "Ampere" (série "GeForce30") para o "linux-firmware". Observe que os relógios mais rápidos que o padrão não são habilitados pelo "firmware" lançado.
Atualizações de firmware para portas cabeadas de rede de comunicação. A maioria delas funciona mesmo sem as atualizações, porém provavelmente funcionarão melhor com o firmware atualizado. Para alguns laptops modernos, o firmware para ambos, ethernet cabeado (por exemplo, rtl_nic), e também para dispositivos bluetooth (por exemplo, qca), é exigido antes que a rede de comunicação cabeada possa ser usada.
Firmware para outros dispositivos, tais como NICs sem fios. Esses dispositivos não são exigidos para o PC inicializar, porém precisam do firmware antes que esses dispositivos possam ser usados.
Apesar de não necessárias para carregar um blob de firmware, as seguintes ferramentas possivelmente sejam úteis para determinar, obter ou preparar o firmware necessário para a finalidade de carregá-lo no sistema: cpio-2.15; git-2.44.0; pciutils-3.10.0; e Wget-1.21.4
Em geral, microcódigo pode ser carregado pelo BIOS ou pela UEFI e poderia ser atualizado atualizando-se para uma versão mais recente daqueles. No Linux, você também pode carregar o microcódigo a partir do núcleo se estiver usando um processador AMD família 10h ou posterior (introduzido primeiramente no final de 2007); ou um processador Intel a partir de 1998 e posterior (Pentium4, Core, etc), se microcódigo atualizado tiver sido lançado. Essas atualizações duram somente até que a máquina seja desligada, de forma que elas precisam ser aplicadas a cada inicialização.
A "Intel" fornece atualizações do microcódigo dela para os processadores "Skylake" e posteriores conforme vulnerabilidades novas surjam e forneceu no passado atualizações para processadores a partir do "SandyBridge" em diante, apesar daqueles não mais serem suportados para correções novas. Versões novas do "firmware" "AMD" são raras e geralmente somente se aplicam a uns poucos modelos, apesar dos(as) fabricantes de placas mãe obterem atualizações "AMD Generic Encapsulated Software Architecture" ("AGESA") para mudar os valores do "BIOS", por exemplo, para suportar mais variantes de memória, correções novas de vulnerabilidades ou "CPUs" mais recentes.
Existiam duas maneiras de carregar o microcódigo, descritas como "antecipada" e "atrasada". O carregamento antecipado ocorre antes que o espaço de usuário(a) tenha sido iniciado; o carregamento atrasado ocorre depois que o espaço de usuário(a) iniciou. No entanto, o carregamento atrasado é conhecido por ser problemático e não mais é suportado (veja-se o "commit" do núcleo x86/microcode: Taint and warn on late loading). Na verdade, o carregamento antecipado é necessário para contornar uma errata específica nos primeiros processadores "Intel" "Haswell" que tinham "TSX" habilitado. (Veja-se Intel Disables TSX Instructions: Erratum Found in Haswell, Haswell-E/EP, Broadwell-Y). Sem essa atualização, a "glibc" pode fazer a coisa errada em situações incomuns.
Nas versões anteriores deste livro, era recomendado o carregamento atrasado do microcódigo para verificar se ele seria aplicado, seguido pelo uso de um "initrd" para forçar o carregamento antecipado. Mas agora que o conteúdo do "tarball" do microcódigo "Intel" está documentado e o microcódigo "AMD" pode ser lido por um script "Python" para determinar quais máquinas ele cobre, não existe razão real para usar o carregamento atrasado.
Ainda pode ser possível forçar manualmente o carregamento atrasado do microcódigo. Mas isso possivelmente cause mau funcionamento do núcleo e você mesmo(a) deveria correr o risco. Você precisará reconfigurar teu núcleo para carregamento atrasado, mas carregamento antecipado sempre é suportado pelo núcleo Linux versão 6.6 ou posterior em um sistema x86 (não importa se 32 bits ou 64 bits). As instruções aqui te mostrarão como criar um initrd para carregamento antecipado. Também é possível construir o mesmo arquivo binário de microcódigo interno ao núcleo, o que permite carregamento antecipado, mas exige que o núcleo seja recompilado para atualizar o microcódigo.
Para confirmar qual(is) processador(es) você tem (se mais que um, eles serão idênticos) olhe em "/proc/cpuinfo". Determine os valores decimais da família da "CPU"; do modelo; e da revisão executando o seguinte comando (também informará a versão atual do microcódigo):
head -n7 /proc/cpuinfo
Converta a família da "CPU", o modelo e a revisão em pares de dígitos hexadecimais e lembre-se do valor do campo “microcode”. Agora você pode verificar se existe algum microcódigo disponível.
Se você estiver criando um "initrd" para atualizar "firmware" para máquinas diferentes, como uma distribuição faria, [então] vá para baixo até 'Carregamento antecipado do microcódigo' e concatene todos os "blobs" "Intel" para "GenuineIntel.bin"; ou concatene todos os "blobs" "AMD" para "AuthenticAMD.bin". Isso cria um "initrd" mais largo - para todas as máquinas "Intel" na atualização 20200609, o tamanho era de três (3,0) MB comparado a tipicamente vinte e quatro (24) KB para uma máquina.
O primeiro passo é o de obter a versão mais recente do
microcódigo da Intel. Isso precisa ser feito navegando-se até
https://github.com/intel/Intel-Linux-Processor-Microcode-Data-Files/releases/
e baixando-se o arquivo mais recente lá. Ao tempo da escrita
deste texto, a versão mais segura do microcódigo era
microcode-20231114. Extraia esse arquivo da maneira normal; o
microcódigo estará no diretório intel-ucode
, contendo vários blobs com nomes na
forma XX-YY-ZZ. Também existem vários outros arquivos e uma
observação de lançamento.
No passado, a "Intel" não fornecia quaisquer detalhes relativos a
quais "blobs" tinham versões mudadas, mas agora a nota de
lançamento detalha isso. Você consegue comparar a versão do
microcódigo em /proc/cpuinfo
com a
versão do seu modelo de "CPU" na nota de lançamento para saber se
existe uma atualização.
O firmware recente para processadores mais antigos é fornecido para lidar com vulnerabilidades que agora tenham sido tornadas públicas e, para algumas dessas, tais como Microarchitectural Data Sampling (MDS), você poderia desejar aumentar a proteção desabilitando hyperthreading; ou, alternativamente, desabilitar a mitigação padrão do núcleo, por causa do impacto dela sobre os tempos de compilação. Por favor, leia a documentação online em https://www.kernel.org/doc/html/latest/admin-guide/hw-vuln/index.html.
Para um dispositivo móvel Tigerlake (descrito como CPU Intel(R)
Core(TM) i5-11300H), os valores relevantes são cpu family 6,
model 140, stepping 1, de modo que, nesse caso, a identificação
exigida é 06-8c-01. A observação de lançamento diz que o
microcódigo mais recente para ele está versionado 0xb4. Se o
valor do campo “microcode” em /proc/cpuinfo
for 0xb4 ou superior, isso indica
que a atualização do microcódigo já foi aplicada pelo BIOS. Caso
contrário, prossiga para “Carregamento antecipado
do microcódigo”.
Comece baixando um contêiner do "firmware" para a família da sua "CPU" a partir de https://anduin.linuxfromscratch.org/BLFS/linux-firmware/amd-ucode/. A família sempre é especificada em hexadecimal. As famílias "10h" até "14h" (16 até 20) estão no "microcode_amd.bin". As famílias "15h", "16h", "17h" ("Zen", "Zen+", "Zen2") e "19h" ("Zen3") tem os contêineres próprios delas, mas pouquíssimas máquinas provavelmente receberão microcódigo atualizado. Em vez disso, a "AMD" fornece um "AGESA" atualizado para os(as) fabricantes de placas-mãe, que possivelmente forneçam um "BIOS" atualizado usando-o. Existe um script "Python3" em https://github.com/AMDESE/amd_ucode_info/blob/master/amd_ucode_info.py. Baixe esse script e execute-o em relação ao arquivo "bin" para verificar quais processadores tem atualizações.
Para o muito antigo "Athlon(tm) II X2" nesses exemplos os valores eram "cpu family 16", "model 5", "stepping 3", dando uma identificação de Família=0x10 Modelo=0x05 Passo=0x03. Uma linha da saída gerada do script amd_ucode_info.py descreve a versão do microcódigo para ele:
Family=0x10 Model=0x05 Stepping=0x03: Patch=0x010000c8 Length=960 bytes
Se o valor do campo “microcode” em /proc/cpuinfo
for 0x10000c8 ou superior, isso
indica que o BIOS já aplicou a atualização do microcódigo. Caso
contrário, prossiga para “Carregamento antecipado
do microcódigo”.
Se você tiver estabelecido que o microcódigo atualizado está disponível para o seu sistema, [então] é hora de prepará-lo para o carregamento antecipado. Isso exige um pacote adicional, o cpio-2.15 e a criação de um initrd que precisará ser adicionado ao grub.cfg.
Não importa onde você prepara o initrd e, tão logo ele esteja funcionando, você pode aplicar o mesmo initrd a sistemas LFS posteriores ou a núcleos mais recentes na mesma máquina, ao menos até que algum microcódigo mais recente seja liberado. Use os seguintes comandos:
mkdir -p initrd/kernel/x86/microcode cd initrd
Para uma máquina AMD, use o seguinte comando (substitua <MEUCONTEINER> pelo nome do contêiner para a família da sua CPU):
cp -v ../<MEU_CONTẼINER> kernel/x86/microcode/AuthenticAMD.bin
Ou, para uma máquina Intel, copie o blob apropriado usando este comando:
cp -v ../intel-ucode/<XX-YY-ZZ> kernel/x86/microcode/GenuineIntel.bin
Agora, prepare o initrd:
find . | cpio -o -H newc > /boot/microcode.img
Agora você precisa adicionar uma entrada nova a /boot/grub/grub.cfg e aqui você deveria adicionar uma linha nova depois da linha linux dentro da estância. Se /boot for um ponto de montagem separado:
initrd /microcode.img
ou isto, se ele não for:
initrd /boot/microcode.img
Se já estiver inicializando com um "initrd" (veja-se “A
respeito do initramfs”), [então] você deveria executar
mkinitramfs
novamente depois de colocar o "blob" ou contêiner apropriado no
/lib/firmware
. Mais precisamente,
coloque um "blob" "Intel" em um diretório /lib/firmware/intel-ucode
ou um contêiner "AMD"
em um diretório /lib/firmware/amd-ucode
antes de executar
mkinitramfs.
Alternativamente, você pode ter ambos os "initrd" na mesma linha,
tal como initrd /microcode.img
/outro-initrd.img
(adapte isso conforme acima se
"/boot" não for um ponto de montagem separado).
Você agora pode reinicializar com o "initrd" adicionado e, então, usar o seguinte comando para verificar se o carregamento antecipado funcionou:
dmesg | grep -e 'microcode' -e 'Linux version' -e 'Command line'
Se atualizou para endereçar vulnerabilidades, [então] você pode olhar a saída gerada do comando lscpu para ver o que é informado agora.
Os locais e horários onde o carregamento antecipado acontece são muito diferentes em máquinas AMD e Intel. Primeiro, um exemplo de uma Intel (dispositivo móvel Tigerlake) com carregamento antecipado:
[ 0.000000] microcode: microcode updated early: 0x86 -> 0xb4, date = 2023-09-07
[ 0.000000] Linux version 6.6.1 (xry111@stargazer) (gcc (GCC) 13.2.0, GNU ld (GNU Binutils) 2.41) #36 SMP PREEMPT_DYNAMIC Tue Nov 14 01:56:04 CST 2023
[ 0.000000] Command line: BOOT_IMAGE=/boot/vmlinuz-6.6.1 root=PARTUUID=<CLASSIFIED>
ro
[ 0.424002] microcode: Microcode Update Driver: v2.2.
Um exemplo histórico AMD:
[ 0.000000] Linux version 4.15.3 (ken@testserver) (gcc version 7.3.0 (GCC))
#2 SMP Sun Feb 18 02:32:03 GMT 2018
[ 0.000000] Command line: BOOT_IMAGE=/vmlinuz-4.15.3-sda5 root=/dev/sda5 ro
[ 0.307619] microcode: microcode updated early to new patch_level=0x010000c8
[ 0.307678] microcode: CPU0: patch_level=0x010000c8
[ 0.307723] microcode: CPU1: patch_level=0x010000c8
[ 0.307795] microcode: Microcode Update Driver: v2.2.
Estas instruções NÃO se aplicam aos antigos Radeons antes da
família R600. Para aqueles, o firmware está no diretório do
núcleo /lib/firmware/
. Nem se
aplicam se você pretender evitar uma configuração gráfica como o
Xorg e estiver contente em usar a exibição padrão de 80x25 em vez
de um framebuffer.
Os dispositivos iniciais Radeon precisavam somente de um blob de firmware de 2K. Os dispositivos recentes precisam de vários blobs e alguns deles são muito maiores. O tamanho total do diretório do firmware Radeon é de mais que 500K — em um sistema largo moderno você provavelmente pode poupar o espaço, porém ainda é redundante instalar todos os arquivos não usados a cada vez que construir um sistema.
Uma abordagem melhor é a de instalar o pciutils-3.10.0 e, então, usar o
lspci
para
identificar qual controlador VGA está instalado.
Com essa informação, verifique a página "RadeonFeature" da "wiki" do "Xorg" para Decoder ring for engineering vs marketing names para identificar a família (você possivelmente precise saber disso para o controlador "Xorg" no BLFS — Ilhas do Sul e Ilhas do Mar usam o controlador "radeonsi") e o modelo específico.
Agora que você sabe qual controlador está usando, consulte a página Radeon da wiki do Gentoo a qual tem uma tabela listando os blobs de firmware exigidos para os vários chipsets. Observe que os chips das Ilhas do Sul e os das Ilhas do Mar usam firmware diferente para o núcleo 3.17 e posteriores comparados a núcleos anteriores. Identifique e baixe os blobs exigidos; então instale-os:
mkdir -pv /lib/firmware/radeon cp -v <TEUS_BLOBS> /lib/firmware/radeon
Construir o controlador amdgpu do núcleo como um módulo é recomendado porque os arquivos de firmware precisam estar acessíveis ao tempo que ele for carregado. Se você estiver construindo-o como parte da imagem do núcleo por qualquer motivo, você precisará incluir os arquivos de firmware no initramfs (leia-se “A respeito do initramfs” para detalhes) ou incluí-los na própria imagem do núcleo (leia-se “Incluir Blobs de Firmware na Imagem do Núcleo” para detalhes).
Todos os controladores de vídeo que usam o controlador "amdgpu" do núcleo exigem "firmware", se você estará usando o controlador "amdgpu" do "Xorg", o controlador "modesetting" do "xserver" ou apenas o "modesetting" do núcleo para obter um "framebuffer" do console maior que "80x25".
Instale pciutils-3.10.0 e use-o para verificar o nome do modelo (procure por "VGA compatible controller:"). Se você tiver uma "Unidade de Processamento Acelerado" ("APU"), ou seja, "CPU" e vídeo no mesmo chip), provavelmente te dirá o nome. Se você tiver uma placa de vídeo "amdgpu" separada, [então] precisará pesquisar para determinar qual nome ela usa (por exemplo, uma placa descrita como "Advanced Micro Devices, Inc." ["AMD"/"ATI"] "Baffin" ["Radeon RX 550 640SP / RX 560/560X"] precisa de "firmware" "Polaris11". Existe uma tabela de "Família, nome do "Chipset", nome do Produto e Firmware" no final das seções "Kernel" na página AMDGPU do "wiki" do "Gentoo".
Depois que você tiver identificado o nome do "firmware", instale todos os arquivos relevantes para ele. Por exemplo, a placa "Baffin" mencionada acima tem vinte e um (21) arquivos "polaris11*", "APUs" como "renoir" e "picasso" tem pelo menos doze (12) arquivos e podem ganhar mais em atualizações futuras (por exemplo, a "APU" "raven" agora tem um décimo terceiro (13º) arquivo, "raven_ta.bin").
mkdir -pv /lib/firmware/amdgpu cp -v <TEUS_BLOBS> /lib/firmware/amdgpu
Se espaço em disco não for um problema, [então] você poderá instalar todos os arquivos atuais de "firmware" "amdgpu" e não se preocupar exatamente com qual "chipset" está instalado.
Construir o controlador amdgpu do núcleo como um módulo é recomendado porque os arquivos de firmware precisam estar acessíveis ao tempo que ele for carregado. Se você estiver construindo-o como parte da imagem do núcleo por qualquer motivo, você precisará incluir os arquivos de firmware no initramfs (leia-se “A respeito do initramfs” para detalhes) ou incluí-los na própria imagem do núcleo (leia-se “Incluir Blobs de Firmware na Imagem do Núcleo” para detalhes).
A "Nvidia" lançou "firmware" básico assinado para chips gráficos recentes, mas significativamente depois que os chips e os próprios controladores binários deles foram disponibilizados pela primeira vez. Para outros chips tem sido necessário extrair o "firmware" a partir do controlador binário.
Para informações mais exatas relativas a quais chips precisam de "firmware" extraído, veja-se https://nouveau.freedesktop.org/VideoAcceleration.html.
Se o "firmware" necessário estiver disponível no diretório
nvidia/
de "linux-firmware",
[então] copie-o /lib/firmware/nouveau
.
Se o "firmware" não tiver sido disponibilizado em "linux-firmware", para os chips antigos mencionados no link "nouveau" do "wiki" acima, execute os seguintes comandos:
wget https://anduin.linuxfromscratch.org/BLFS/nvidia-firmware/extract_firmware.py wget https://us.download.nvidia.com/XFree86/Linux-x86/340.32/NVIDIA-Linux-x86-340.32.run sh NVIDIA-Linux-x86-340.32.run --extract-only python3 extract_firmware.py mkdir -p /lib/firmware/nouveau cp -d nv* vuc-* /lib/firmware/nouveau/
O núcleo gosta de carregar firmware para alguns controladores de
rede de comunicação, particularmente aqueles originários do
diretório da Realtek (o /lib/linux-firmware/rtl_nic/), porém
geralmente eles aparentam funcionar sem isso. Sendo assim, você
pode inicializar o núcleo; verificar dmesg para mensagens acerca
desse firmware ausente; e, se necessário, baixar o firmware e
colocá-lo no diretório especificado no /lib/firmware
, de forma que ele será encontrado
nas inicializações subsequentes. Observe que, com os núcleos
atuais, isso funciona se ou não o controlador for compilado
internamente ou construído como um módulo; não existe necessidade
de construir esse firmware internamente ao núcleo. Aqui está um
exemplo onde o controlador R8169 foi compilado internamente, porém
o firmware não foi tornado disponível. Tão logo o firmware tenha
sido fornecido, não existiu menção dele nas inicializações
posteriores.
dmesg | grep firmware | grep r8169
[ 7.018028] r8169 0000:01:00.0: Direct firmware load for rtl_nic/rtl8168g-2.fw failed with error -2
[ 7.018036] r8169 0000:01:00.0 eth0: unable to load firmware patch rtl_nic/rtl8168g-2.fw (-2)
Países diferentes tem regulações diferentes acerca do uso do
espectro de rádio dos dispositivos sem fios. Você pode instalar um
firmware para fazer com que os dispositivos sem fios obedeçam às
regulações locais de espectro, de forma que você não seria
questionado(a) pela autoridade local ou não encontraria tua NIC sem
fios atrapalhando as frequências de outros dispositivos (por
exemplo, controles remotos). O firmware da base de dados
regulatória pode ser baixado a partir de https://kernel.org/pub/software/network/wireless-regdb/.
Para instalá-lo, simplesmente extraia o regulatory.db
e o regulatory.db.p7s
a partir do tarball no
/lib/firmware
. Observe que ou o
controlador cfg80211
precisa ser
selecionado como um médulo para os arquivos regulatory.*
serem carregados ou esses arquivos
precisam serem incluídos como firmware no núcleo, conforme
explicado acima em “Firmware para Placas de
Vídeo”.
O ponto de acesso (AP) enviaria um código de país para tua NIC sem
fio e wpa_supplicant-2.10 diria ao núcleo para
carregar a regulação desse país a partir de regulatory.db
, e aplicá-la. Observe que vários AP
não enviam esse código de país, de forma que você possivelmente
fique bloqueado(a) para um uso bastante restrito (especialmente se
quiser usar tua interface como um AP).
Alguns sistemas (especialmente laptops econômicos) utilizam um DSP
fornecido com a CPU para conexão com o codificador de áudio. O
Firmware Aberto de Som precisa ser carregado no DSP para torná-lo
funcional. Esses arquivos de firmware podem ser baixados a partir
de https://github.com/thesofproject/sof-bin/releases.
Extraia o tarball e mude para o diretório extraído e, em seguida,
como o(a) usuário(a) root
instale o
firmware:
install -vdm755 /usr/lib/firmware/intel && cp -av -T --no-preserve=ownership sof \ /usr/lib/firmware/intel/sof && cp -av -T --no-preserve=ownership sof-tplg \ /usr/lib/firmware/intel/sof-tplg
alsa-lib-1.2.11 também precisa de arquivos de
configuração do Use Case Manager para os sistemas que usam Firmware
Aberto de Som. Os arquivos de configuração UCM do ALSA podem ser
baixados a partir de
https://www.alsa-project.org/files/pub/lib/alsa-ucm-conf-1.2.11.tar.bz2.
Extraia o tarball e mude para o diretório extraído e, em seguida,
como o(a) usuário(a) root
instale
os arquivos de configuração:
install -vdm755 /usr/share/alsa && cp -av -T --no-preserve=ownership ucm2 /usr/share/alsa/ucm2
Assim que o firmware for carregado (você possivelmente precise de uma reinicialização, de forma que o núcleo os carregue) e os arquivos de configuração do UCM forem instalados, siga “Configurando o ALSA Utilities” para configurar tua placa de som para ALSA apropriadamente.
Identificar o firmware correto tipicamente exigirá que você instale
o pciutils-3.10.0 e, então, use o
lspci
para
identificar o dispositivo. Você deveria então procurar online para
verificar qual módulo ele usa; qual firmware; e onde obter o
firmware — nem todos eles estão no linux-firmware.
Se possível, você deveria iniciar usando uma conexão com fios quando inicializar pela primeira vez o teu sistema LFS. Para usar uma conexão sem fios, você precisará usar ferramentas de rede de comunicação, tais como iw-6.7, Wireless Tools-29 or wpa_supplicant-2.10.
Firmware possivelmente também seja necessário para outros dispositivos, tais como alguns controladores SCSI; adaptadores bluetooth; ou gravadores de TV. Os mesmos princípios se aplicam.
Alguns controladores, principalmente os controladores para GPU ATI
ou AMD, exigem os arquivos de firmware acessíveis no momento em que
são carregados. O método mais fácil de lidar com esses
controladores é o de construí-los como um módulo do núcleo. Um
método alternativo é o de criar um initramfs (leia-se “A
respeito do initramfs” para detalhes) incluindo os arquivos de
firmware. Se não quiser usar nenhum dos métodos, você pode incluir
os arquivos de firmware na própria imagem do núcleo. Instale os
arquivos de firmware necessários em /lib/firmware
primeiro, depois configure a
seguinte configuração do núcleo e reconstrua o núcleo:
Device Drivers ---> Generic Driver Options ---> Firmware loader ---> <*> Firmware loading facility [FW_LOADER] (xx/aa.bin xx/bb.bin) Build named firmware blobs into the kernel binary ... [EXTRA_FIRMWARE] (/lib/firmware) Firmware blobs root directory ... [EXTRA_FIRMWARE_DIR]
Substitua xx/aa.bin
xx/bb.bin
por uma lista de caminhos separados por
espaços em branco para os arquivos de firmware necessários,
relativos a /lib/firmware
. Um método
mais fácil que digitar manualmente a lista (ele possivelmente seja
longa) é o de executar o seguinte comando:
echo CONFIG_EXTRA_FIRMWARE='"'$({ cd /lib/firmware; echo amdgpu/*
})'"' >> .config
make oldconfig
Substitua amdgpu/*
por um
padrão de shell que corresponda aos arquivos de firmware
necessários.
Não distribua uma imagem do núcleo contendo o firmware para terceiros(as) ou você possivelmente viole a GPL.