Algumas variáveis de ambiente são necessárias para suporte ao idioma nativo. Configurá-las adequadamente resulta em:
A saída gerada de aplicativos sendo traduzida para seu idioma nativo
A classificação correta dos caracteres em letras, dígitos e outras classes. Isso é necessário para o bash aceitar adequadamente caracteres não ASCII em linhas de comando em locales não ingleses
A sequência de ordenação alfabética correta para o país
O apropriado tamanho padrão de papel
A formatação correta dos valores monetário, hora e data
Substitua <ll>
abaixo
pelo código de duas letras para teu idioma desejado (por exemplo,
en
) e <CC>
pelo código de duas letras
para o país apropriado (por exemplo, GB
). <charmap>
deveria ser
substituído pelo mapa de caracteres canônico para a tua localidade
escolhida. Modificadores opcionais, tais como @euro
, também podem estar presentes.
A lista de todos os locales suportados pela Glibc pode ser obtida executando-se o seguinte comando:
locale -a
Mapas de caracteres podem ter um número de apelidos, por exemplo,
ISO-8859-1
também é referenciado como
iso8859-1
e iso88591
. Alguns aplicativos não conseguem lidar com
os vários sinônimos corretamente (por exemplo, exigem que
UTF-8
seja escrito como UTF-8
, não utf8
), de
forma que é mais seguro, na maioria dos casos, escolher o nome
canônico para uma localidade específica. Para determinar o nome
canônico, execute o seguinte comando, onde <nome da localidade>
é a saída
gerada dada por locale
-a para a tua localidade preferida (en_GB.iso88591
no nosso exemplo).
LC_ALL=<nome do locale>
mapa de caracteres do locale
Para a localidade en_GB.iso88591
, o
comando acima imprimirá:
ISO-8859-1
Isso resulta em uma configuração final de localidade de en_GB.ISO-8859-1
. É importante que a localidade
encontrada usando-se a heurística acima seja testada antes que seja
adicionada aos arquivos de inicialização do "Bash":
LC_ALL=<nome do locale> locale language LC_ALL=<nome do locale> locale charmap LC_ALL=<nome do locale> locale int_curr_symbol LC_ALL=<nome do locale> locale int_prefix
Os comandos acima deveriam imprimir o nome do idioma, a codificação de caracteres usada pelo locale, a moeda local, e o prefixo para discar antes do número de telefone para a finalidade de se alcançar o país. Se quaisquer dos comandos acima falhar com uma mensagem similar àquela mostrada abaixo, [então] isso significa que seu locale ou não foi instalado no Capítulo 8 ou não é suportado pela instalação padrão da Glibc.
locale: Cannot set LC_* to default locale: No such file or directory
Se isso acontecer, [então] você deveria ou instalar o locale desejado usando o comando localedef, ou considerar escolher um locale diferente. As instruções posteriores assumem que não existem tais mensagens de erro originárias da Glibc.
Outros pacotes também podem funcionar incorretamente (mas, possivelmente não necessariamente exibam quaisquer mensagens de erro) se o nome do locale não corresponder às expectativas deles. Nesses casos, investigar-se como outras distribuições do Linux suportam seu locale poderia fornecer alguma informação útil.
O aplicativo de shell /bin/bash (aqui chamado de
“o shell”) usa
uma coleção de arquivos de iniciação para ajudar a criar o ambiente
para execução. Cada arquivo tem um uso específico e pode afetar o
login e os ambientes interativos diferentemente. Os arquivos no
diretório /etc
fornecem configurações
globais. Se arquivos equivalentes existirem no diretório inicial,
eles poderão substituir as configurações globais.
Um shell interativo de login é iniciado depois de um login
bem-sucedido, usando /bin/login, lendo o arquivo
/etc/passwd
. Um shell interativo sem
login é iniciado na linha de comando (por exemplo, [prompt]$
/bin/bash). Um shell não interativo
geralmente está presente quando um conjunto de comandos sequenciais
de shell está em execução. Não é interativo porque está processando
um conjunto de comandos sequenciais e não aguardando a entrada do(a)
usuário(a) entre os comandos.
Crie o /etc/profile
depois que as configurações adequadas de localidade tiverem
sido determinadas para configurar a localidade desejada, mas
defina a localidade C.UTF-8
se executar
no console do Linux (para evitar que aplicativos emitam caracteres
que o console do Linux não consiga renderizar):
cat > /etc/profile << "EOF"
# Inicia /etc/profile
for i in $(locale); do
unset ${i%=*}
done
if [[ "$TERM" = linux ]]; then
export LANG=C.UTF-8
else
export LANG=<ll>_<CC>.<mapa_caracteres><@modificadores>
fi
# Termina /etc/profile
EOF
As localidades C
(padrão) e en_US
(aquele recomendado para usuários(as) do
inglês dos Estados Unidos da América do Norte) são diferentes.
C
usa o conjunto de caracteres de 7 bits
US-ASCII e trata bytes com o bit de ordem alta configurado como
caracteres inválidos. Esse é o porquê, por exemplo, do comando
ls substitui-los por
pontos de interrogação nessa localidade. Também, uma tentativa de
enviar correio com tais caracteres a partir do Mutt ou do Pine
resulta em mensagens de não conformidade com RFC sendo enviadas (o
conjunto de caracteres no correio de saída é indicado como
unknown 8-bit
). É sugerido que
você use a localidade C
somente se tiver
certeza de que nunca precisará de caracteres de 8 bits.