Agora que o LFS está completo e você tem um sistema inicializável, o que você faz? O próximo passo é o de decidir como usá-lo. Geralmente, existem duas grandes categorias a considerar: estação de trabalho ou servidor. De fato, essas categorias não são mutuamente exclusivas. Os aplicativos necessários para cada categoria podem ser combinados em um sistema, mas vamos vê-los separadamente por enquanto.
Um servidor é a categoria mais simples. Geralmente, isso consiste de um servidor da Web, como o Servidor HTTP Apache e um servidor de base de dados, como MariaDB. No entanto, outros serviços são possíveis. O sistema operacional embutido em um dispositivo de uso único se enquadra nessa categoria.
Por outro lado, uma estação de trabalho é muito mais complexa. Geralmente exige um ambiente gráfico de usuário(a), como LXDE, XFCE, KDE ou Gnome, baseado em um ambiente gráfico básico e vários aplicativos baseados em gráficos, como o navegador da Web Firefox , cliente de correio eletrônico Thunderbird ou suíte de escritório LibreOffice. Esses aplicativos exigem muitos (várias centenas, dependendo dos recursos desejados) mais pacotes de aplicativos e bibliotecas de suporte.
Além do acima, existe um conjunto de aplicativos para gerenciamento de sistemas para todos os tipos de sistemas. Esses aplicativos estão todos no livro BLFS. Nem todos os pacotes são necessários em todos os ambientes. Por exemplo dhcpcd, normalmente não é apropriado para um servidor e wireless_tools, normalmente são úteis somente para um sistema de laptop.
Quando inicializa inicialmente no LFS, você tem todas as ferramentas internas para construir pacotes adicionais. Infelizmente, o ambiente de usuário(a) é bastante esparso. Existem algumas maneiras de melhorar isso:
Esse método fornece um ambiente gráfico completo onde um navegador completo e recursos de copiar/colar estão disponíveis. Esse método permite usar aplicativos, como a versão do anfitrião do Wget, para baixar os fontes do pacote para um local disponível ao se trabalhar no ambiente "chroot".
Para a finalidade de construir adequadamente pacotes no chroot, você também precisará se lembrar de montar os sistemas virtuais de arquivos, se eles ainda não estiverem montados. Uma maneira de fazer isso é a de criar um script no sistema ANFITRIÃO:
cat > ~/mount-virt.sh << "EOF"
#!/bin/bash
function mountbind
{
if ! mountpoint $LFS/$1 >/dev/null; then
$SUDO mount --bind /$1 $LFS/$1
echo $LFS/$1 montado
else
echo $LFS/$1 já montado
fi
}
function mounttype
{
if ! mountpoint $LFS/$1 >/dev/null; then
$SUDO mount -t $2 $3 $4 $5 $LFS/$1
echo $LFS/$1 montado
else
echo $LFS/$1 já montado
fi
}
if [ $EUID -ne 0 ]; then
SUDO=sudo
else
SUDO=""
fi
if [ x$LFS == x ]; then
echo "LFS not set"
exit 1
fi
mountbind dev
mounttype dev/pts devpts devpts -o gid=5,mode=620
mounttype proc proc proc
mounttype sys sysfs sysfs
mounttype run tmpfs run
if [ -h $LFS/dev/shm ]; then
mkdir -pv $LFS/$(readlink $LFS/dev/shm)
else
mounttype dev/shm tmpfs tmpfs -o nosuid,nodev
fi
#mountbind usr/src
#mountbind boot
#mountbind home
EOF
Observe que os últimos três comandos no script são comentados. Eles são úteis se aqueles diretórios forem montados como partições separadas no sistema anfitrião e serão montados quando inicializar o sistema LFS/BLFS completo.
O script pode ser executado com bash ~/mount-virt.sh como ou
um(a) usuário(a) comum (recomendado) ou como root
. Se executado como um(a) usuário(a)
comum, o sudo é exigido no sistema anfitrião.
Outro problema apontado pelo script é o de onde armazenar os arquivos baixados do pacote. Esse local é arbitrário. Ele pode estar em um diretório lar de usuário(a) comum, como ~/sources ou em um local global, como /usr/src. Nossa recomendação é a de não misturar fontes BLFS e fontes LFS em (a partir do ambiente chroot) /sources. Em qualquer caso, os pacotes precisam estar acessíveis dentro do ambiente chroot.
Um último recurso de conveniência apresentado aqui é o de simplificar o processo de entrada no ambiente chroot. Isso pode ser feito com um apelido colocado em um arquivo ~/.bashrc de usuário(a) no sistema anfitrião:
alias lfs='sudo /usr/sbin/chroot /mnt/lfs /usr/bin/env -i HOME=/root TERM="$TERM" PS1="\u:\w\\\\$ "
PATH=/bin:/usr/bin:/sbin:/usr/sbin /bin/bash --login'
Esse apelido é um pouco complicado, por causa das aspas e dos níveis dos caracteres de barra invertida. Precisa estar tudo em uma linha. O comando acima foi dividido em dois para propósitos de apresentação.
Esse método também fornece um ambiente completo gráfico, mas primeiro exige a instalação de sshd e wget no sistema LFS, geralmente em chroot. Também exige um segundo computador. Esse método tem a vantagem de ser simples, por não exigir a complexidade do ambiente chroot. Ele também usa seu núcleo do LFS construído para todos os pacotes adicionais e ainda fornece um sistema completo para instalar de pacotes.
Esse método exige instalar libtasn1, p11-kit, make-ca, wget, gpm e links (ou lynx) no chroot e, em seguida, reinicializar no novo sistema LFS. Neste ponto, o sistema padrão tem seis consoles virtuais. Alternar consoles é tão fácil quanto usar as combinações de teclas Alt+Fx, onde Fx está entre F1 e F6. As combinações Alt+← e Alt+→ também mudarão o console.
Neste ponto, você pode logar-se em dois consoles virtuais e executar o navegador Links ou o Lynx em um console e o Bash no outro. O GPM então permite copiar comandos a partir do navegador com o botão esquerdo do mouse, alternar consoles e colar no outro console.
Como uma observação lateral, alternância de consoles virtuais também pode ser feita a partir de uma instância do X Window com a combinação de teclas Ctrl+Alt+Fx, mas a operação de cópia do mouse não funciona entre a interface gráfica e um console virtual. Você pode retornar para exibição do X Window com a combinação Ctrl+Alt+Fx, onde Fx geralmente é F1, mas possivelmente seja F7.