O aplicativo de shell /bin/bash (daqui por diante
referenciado como “o
shell”) usa uma coleção de arquivos de iniciação para
auxiliar a criar o ambiente para executar dentro. Cada arquivo tem um
uso específico e possivelmente afete o login e ambientes interativos
diferentemente. Os arquivos no diretório /etc
fornecem configurações globais. Se arquivos
equivalentes existirem no diretório lar, [então] eles possivelmente
substituam as configurações globais.
Um shell de login interativo é iniciado depois de um login bem
sucedido, usando o /bin/login, lendo o arquivo
/etc/passwd
. Um shell de não-login
interativo é iniciado na linha de comando (por exemplo, [prompt]$
/bin/bash). Um shell não-interativo
geralmente está presente quando um script de shell está executando.
Ele é não-interativo porque ele está processando um script e não
esperando pela entrada gerada de usuário(a) entre comandos.
Para mais informação, vejam-se as seções Bash Startup Files e Interactive Shells no capítulo Bash Features das páginas info do Bash (info bash).
Os arquivos /etc/profile
e ~/.bash_profile
são lidos quando o shell é invocado
como um shell de login interativo.
O /etc/profile
de base abaixo configura
algumas variáveis de ambiente necessárias para o suporte ao idioma
nativo. Configurá-las adequadamente resulta em:
A saída gerada dos aplicativos traduzida para o idioma nativo
Classificação correta dos caracteres em letras, dígitos e outras classes. Isso é necessário para o bash aceitar adequadamente caracteres não ASCII em linhas de comando em locales não ingleses
A sequência de ordenação alfabética correta para o país
Tamanho de papel padrão apropriado
Formatação correta de valores monetário, hora e data
Substitua <ll>
abaixo
pelo código de duas letras para o idioma desejado (por exemplo,
“en”) e
<CC>
pelo código de
duas letras para o país apropriado (por exemplo, “GB”). <charmap>
deveria ser
substituído pelo mapa de caracteres canônico para seu locale
escolhido. Modificadores opcionais, tais como “@euro”, possivelmente
também estejam presentes.
A lista de todos os locales suportados pela Glibc pode ser obtida executando-se o seguinte comando:
locale -a
Mapas de caracteres podem ter um número de apelidos, por exemplo,
“ISO-8859-1”,
também é referenciado como “iso8859-1” e “iso88591”. Alguns aplicativos não conseguem
lidar com os vários sinônimos corretamente (por exemplo, exigem que
“UTF-8” seja
escrito como “UTF-8”, não “utf8”), de forma que é mais seguro, na maioria
dos casos, escolher o nome canônico para um locale específico. Para
determinar o nome canônico, execute o seguinte comando, onde
<nome do locale>
é a
saída gerada dada por locale
-a para seu locale preferido (“en_GB.iso88591” no nosso
exemplo).
LC_ALL=<nome do locale>
mapa de caracteres do locale
Para o locale “en_GB.iso88591”, o comando acima imprimirá:
ISO-8859-1
Isso resulta em uma configuração final de locale de “en_GB.ISO-8859-1”. É importante que o locale encontrado usando-se a heurística acima seja testado antes que ele seja adicionado aos arquivos de inicialização do Bash:
LC_ALL=<nome do locale> locale language LC_ALL=<nome do locale> locale charmap LC_ALL=<nome do locale> locale int_curr_symbol LC_ALL=<nome do locale> locale int_prefix
Os comandos acima deveriam imprimir o nome do idioma, a codificação de caracteres usada pelo locale, a moeda local, e o prefixo para discar antes do número de telefone para a finalidade de se alcançar o país. Se quaisquer dos comandos acima falhar com uma mensagem similar àquela mostrada abaixo, [então] isso significa que seu locale ou não foi instalado no Seção 8.5, “Glibc-2.37” ou não é suportado pela instalação padrão da Glibc.
locale: Cannot set LC_* to default locale: No such file or directory
Se isso acontecer, [então] você deveria ou instalar o locale desejado usando o comando localedef, ou considerar escolher um locale diferente. As instruções posteriores assumem que não existem tais mensagens de erro originárias da Glibc.
Outros pacotes também possivelmente funcionem incorretamente (mas, não necessariamente exibirão quaisquer mensagens de erro) se o nome do locale não corresponder às expectativas deles. Nesses casos, investigar como outras distribuições do Linux suportam seu locale poderia fornecer alguma informação útil.
Uma vez que as configurações adequadas de locale tenham sido
determinadas, crie o arquivo /etc/profile
:
cat > /etc/profile << "EOF"
# Início do /etc/profile
export LANG=<ll>_<CC>.<mapa_de_caracteres><@modificadores>
# Fim do /etc/profile
EOF
Os locales “C” (padrão) e “en_US.utf8” (aquele recomendado para usuários(as) do inglês dos Estados Unidos da América do Norte) são diferentes. “C” usa o conjunto de caracteres de 7 bits US-ASCII e trata bytes com o bit de ordem alta configurado “on” como caracteres inválidos. Esse é o porquê, por exemplo, do comando ls exibi-los como pontos de interrogação nesse locale. Também, uma tentativa de enviar correio com tais caracteres a partir do Mutt ou do Pine resulta em mensagens de não conformidade com RFC sendo enviadas (o conjunto de caracteres no correio de saída é indicado como “unknown 8-bit”). Portanto, você somente pode usar o locale “C” se você tiver certeza de que nunca precisará de caracteres de 8 bits.
Locales baseados em UTF-8 não são bem suportados por alguns aplicativos. Trabalho está em progresso para documentar e, se possível, corrigir tais problemas. Veja-se https://www.linuxfromscratch.org/blfs/view/11.3/introduction/locale-issues.html.